segunda-feira, 30 de abril de 2012

Chiara Civello no Invito Personale, parte 5!

Na quinta parte do show realizado no último dia 20, em entrevista a Chiara fala de Sanremo e do retorno às raízes italianas, e depois canta a música que a trouxe de volta à Itália, "Al posto del mondo", a música composta por Diana Tejera "Ma una vita no" e relembra "L train", do The Space Between.  (parte 1, parte 2, parte 3, parte 4)



Entrev: Grande magia há nesta sala! Grande Chiara Civello, muitas sensações, fortes sensações! Escuta, entre tantas notas, eu sublinho uma frase que você fala: que no primeiro disco, Last Quarter Moon, era o disco de buscar-se, o segundo, estamos falando do The Space Between, é aquele para recolher-se, o terceiro disco, aquele que fala da distância entre New York e Rio, 7752, era o álbum para encontrar-se, e o quarto, é um ponto de interrogação? Eu gostaria de saber o processo, o que estava procurando? 

CC: Ponto de interrogação você que disse! (risos)

Entrev: Porque quero saber o que diz você! (risos) 

CC: O quarto é “Al Posto del Mondo”!

Entrev: (risos), é tudo? Tudo aquilo que é, que foi e que será e tudo que se tornará, então...

CC: É uma etapa importante, digamos um retorno à Itália, oficial, também a nível artístico, Sanremo foi isso pra mim, um retorno e um encontro com o grande público pela primeira vez, pode ser, no entanto, eu estive na Itália, voltei várias vezes para fazer alguns concertos, também importantes, o palco de Sanremo foi um momento importante...

Entrev: Você estava muito emocionada... na primeira noite se percebia ...

CC: Sim, na primeira noite foi a emoção quem cantou, na segunda noite foi Chiara! (risos)

Entrev: Escuta ... o fato de encontrar um lugar no mundo, porque você encontrou um lugar no mundo da música internacional nessa fase, pesa? E estar retornando, quanto te faz retornar às suas raízes, porque digamos, você saiu de Roma muito jovem ... 

CC: A minha teoria é: para se sentir parte das coisas necessita se afastar realmente, e o fato de eu estar fora há tanto tempo, não há coisa que mais fortificou a minha “italianidade”, porque nas músicas que eu faço há muita melodia e viajando ao exterior e conhecendo tantos países diferentes e também, fazendo apresentações nos EUA, por exemplo, quando perguntava ao público o que gostariam de ouvir, alguma música em inglês ou italiano, o público sempre pedia as músicas em italiano, então o italiano sempre esteve muito forte dentro de mim. Não foi uma fuga, foi uma aventura, é uma aventura, ainda é...

Entrev: Certo, era experimentar-se, para ver se dava certo, se quisesse voltar, poderia voltar à sua casa.

CC: Porém, em um trabalho como este, como uma coisa criativa como a música, o movimento é essencial, é fundamental

Entrev: Mas tem também este “voltando à casa”, esse retorno às suas raízes mais longínquas, às sicilianas ... 

CC: Eu tenho duas raízes na verdade, do sul, pois a minha mãe é pugliese e o meu pai é siciliano, e para mim, não as procuro, as tenho dentro. Sou eu, estão no meu DNA

Entrev: Chiara Civello, queremos te aplaudir então, antes de continuar!